28 Janeiro, 2021
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Aromaterapia
Aromaterapia – História e Conceito!

Este post tem por objectivo dar-vos a conhecer um pouco do que significa o conceito de Aromaterapia e o seu contexto histórico! A base da “aromaterapia” são os óleos essenciais, podemos considerá-la um método holístico e alternativo que através de substâncias naturalmente presentes nas plantas, promove a cura natural do corpo e da mente. Os óleos essenciais são substâncias complexas (possuem centenas de substâncias químicas), altamente concentrados, aromáticos e muito voláteis, obtidos através de processos de destilação das mais variadas partes da planta (flores, folhas, sementes, caules, casca, raízes). CONTEXTO HISTÓRICO O primeiro registo do potencial curativo dos óleos essenciais, foi feito por um físico e alquimista suíço chamado Paracelso (1493-1541), segundo ele “alquimia não é fazer ouro a partir de metais básicos, mas sim desenvolver remédios a partir de plantas”. Ele via a destilação como meio de produção da “quinta essência”, a essência curativa da planta. Foram no entanto, os países árabes, que deram um contributo importante à aromaterapia ao desenvolverem a técnica de destilação. Admitindo-se ter sido o filósofo e médico árabe, Avicena (980-1037), o primeiro a realizar a destilação clássica pelo vapor de água. AROMATERAPIA MODERNA No início do século XX, aparece pela primeira vez o conceito moderno e actual da Aromaterapia. Este feito, deve-se ao químico René Maurice Gattefossé (1928), que após queimar-se seriamente no braço no seu laboratório, mergulhou-o numa tina de óleo essencial de lavanda, porque era o único líquido que tinha à mão, o resultado foi de tal forma surpreendente que o levou a estudar as propriedades dos óleos essenciais. Posteriormente, inspirado em Gattefossé, o Dr. Jean Valnet, médico francês, autor de uma das mais conceituadas obras sobre a aromaterapia “The pratice of aromatherapy”, utilizou com sucesso os óleos essenciais na cura de pessoas com gangrena durante a 2º Guerra Mundial. Com Marguerite Maury, bioquimíca austríaca, desenvolve-se uma vertente mais holística do estudo dos óleos essenciais. Numa vertente mais vocacionada para a massagem e para o bem estar, abriu clínicas em París, Suíça e Inglaterra, ministrando palestras por toda a Europa. O ENSINO Com o valor terapêutico dos óleos essenciais a ganhar reconhecimento científico, a sua aplicação e uso difundem-se. Em Inglaterra, o uso de óleos essenciais é comum por profissionais de saúde em hospitais e centros de tratamento. A necessidade de aquisição de conhecimento para o seu uso adequado levou à fundação do “Shirley Price College of Aromatherapy”. DUAS ESCOLAS Encontramos portanto, duas grandes “escolas” da aromaterapia moderna, a escola francesa, preconizada por Gattefossé e a inglesa/americana desenvolvida por Marguerite Maury. Em que diferem as duas abordagens? A escola francesa tendo na sua origem, químicos, médicos, farmacêuticos, desenvolveu uma abordagem mais cientifica, mais vocacionada para o conhecimento da estrutura e composição química dos óleos essenciais. A sua aplicação é assim, direccionada para o tratamento da doença e do estímulo do sistema imunológico. Já a escola inglesa, direccionou-se para uma abordagem mais holística, mais na vertente da promoção do bem estar e da massagem. A grande diferença, na prática, destas duas abordagens, está relacionada com a utilização, enquanto a escola francesa promove a ingestão dos óleos essenciais, para além da aplicação tópica e da inalação, a escola inglesa utiliza os óleos essenciais apenas por inalação e aplicação tópica e em quantidades mais reduzidas. Actualmente é comum a integração prática das duas abordagens. Seja como for, o importante é perceber que um óleo essencial, é uma mistura química complexa, muito concentrada e o seu uso deve ser feito com conhecimento e de forma segura. Principalmente no que respeita à utilização por via oral. A ingestão anárquica pode levar a incidentes com consequências graves.
Até breve, Sandra Martins Aromaterapeuta pelo IPN (Instituto Português de Naturalogia)
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